Quando nos convidam para partilhar a nossa experiência de trabalho no Porto de Abrigo ficamos muito contentes. Falar sobre o que fazemos é inspirador para os outros profissionais que nos ouvem e ajuda-nos a todos a crescer. Ao partilhar o nosso conhecimento, nós também aprendemos com o olhar dos outros sobre nós. Terminamos todos melhor do que quando começamos e, em última análise, fazemos parte da mudança no sentido do mundo que queremos construir. Um mundo no qual os cuidados a pessoas idosas é um mundo de ternura.
Na sequência de uma visita que recebemos em Fevereiro no Porto de Abrigo, surgiu um convite muito especial: partilhar com todas as instituições que integram a rede social de Guimarães a nossa experiência como Unidade Humanitude.
Quando nos convidam para falar do que fazemos todos os dias, sentimos orgulho. Sentimos também uma espécie de vergonha que não é falsa modéstia... é uma espécie de constrangimento bom causado pela atenção que estamos a receber. Ficamos felizes por perceber que o que temos a dizer interessa a outras pessoas. Felizes por perceber que há muitas pessoas que partilham das mesmas preocupações que nós. Somos muitos a querer fazer melhor e disponíveis para ouvir outras experiências para com elas aprender.
As palavras de apreço e valorização pelo trabalho desenvolvido no Porto de Abrigo foram calorosas e muitas. Essas palavras de reconhecimento serão entregues à equipa de cuidadores que todos os dias procura aperfeiçoar o seu desempenho e cuidar com o coração.
O nosso agradecimento à senhora vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Guimarães, Drª Paula Oliveira, pelo convite, pela presença e pelo apoio na divulgação da importância de olhar para os cuidados que todos os dias prestamos como os cuidados que gostaríamos de receber.
Desde o início de 2014 estamos a viver uma revolução na forma como trabalhamos no Porto de Abrigo. Uma revolução que começou devagarinho e que na passada sexta-feira, 16 de Maio, foi apresentada publicamente.
A nossa revolução é tão simples, e tão difícil ao mesmo tempo, que traduzi-la em palavras é uma tarefa complicada.
Comecemos pelo óbvio: no Abrigo cuidamos de pessoas. E quem cuida de pessoas são pessoas.
Nada de extraordinário, certo? No entanto, sabemos pouco. Num sistema que promove a dependência e que herdou as práticas ancestrais de prestação de cuidados do século XIX e XX, num sistema que tem disponíveis todos os recursos do século XXI. Na verdade, ainda estamos a aprender como é que se cuida de pessoas idosas. Mas, porque são a nossa realidade, cuidamos todos os dias. De alma e coração.
Sabíamos que alma e coração não são suficientes para fazer bem... sentíamos inquietude... e fomos à procura. No início do ano encontrámos a filosofia de prestação de cuidados em Humanitude. E não tivemos dúvidas! A inquietude deu lugar a uma forte convicção. Este era o caminho: uma filosofia associada a uma metodologia revolucionária. Principalmente porque nasceu da prática. Da experiência. Da tentativa erro. Com resultados impressionantes na felicidade de quem cuida e com resultados espantosos no bem estar das pessoas cuidadas. A Humanitude.
Estamos a percorrer um caminho árduo. Cuidar de uma pessoa idosa é mais do que assegurar os seus cuidados de higiene, alimentar e dar medicação. Cuidar é ajudar. Estamos a aprender a tocar, a falar, a olhar e a manter as pessoas de pé. As palavras são tão simples e, por incrível que possa parecer, transformar o simples em realidade vivida diariamente é extremamente exigente...
O nosso desejo é fazer do Porto de Abrigo uma Unidade Humanitude. Quando esse dia chegar faremos uma festa. Mas, esse dia não será o fim. Será só mais uma etapa. Uma etapa do compromisso que assumimos: Dignificar a pessoa. Dignificar a vida. Prestar cuidados Humanitude.
Mais notícias em breve!
Com o objetivo de potenciar a discussão e reflexão em torno da Humanitude enquanto metodologia de cuidado, assim como dar a conhecer o referencial Humanitude, o Instituto Gineste-Marescotti Portugal promoveu um encontro em Lisboa, nos dias 29 e 30 de Setembro de 2016. Foi com muito orgulho que o Abrigo aceitou o convite para partilhar a sua experiência de implementação da Humanitude no Porto de Abrigo - dar a conhecer o nosso trabalho é uma forma de saborear o nosso esforço. Quando nos convidam para partilhar a nossa história, o exercício que fazemos é muito valioso. Olhar para nós, para a nossa organização e funcionamento, permite-nos refletir, ou melhor, obriga-nos a parar para pensar.
Se hoje fosse possível tirar uma fotografia à organização conceptual do trabalho no Porto de Abrigo, veríamos:
Uma nova perspetiva sobre o trabalho em equipa;
Um novo foco no que verdadeiramente importa quando desenvolvemos uma resposta social de ERPI;
Que o investimento na criação de instrumentos de trabalho e sistematização de registos permite a análise e reflexão sobre a qualidade da relação na execução da tarefa (e não apenas sobre a mera execução da tarefa).
Na fotografia do Porto de Abrigo, hoje poderíamos ver também algumas certezas:
A maior força de uma organização é a sua cultura organizacional;
Sabemos muito pouco sobre como cuidar de pessoas com demência;
Ser cuidador não é fácil;
Cuidar em Humanitude é um desafio sem fim. Para cuidar em Humanitude é necessário ter a capacidade de aperfeiçoamento permanente. De olhar no espelho e corrigir até à perfeição. De treinar. De profissionalizar;
É importante ter a capacidade de autorregeneração. É importante aprender a descansar.
Os nossos dias são dias de muito trabalho. Pensamos em desistir? Às vezes. Como não existe um guia de orientação para o sucesso, como somos nós que definimos o ritmo de trabalho e nos impomos as metas e os desafios, corremos o risco de nos perdermos na procura. Quando tentamos encontrar respostas exclusivamente através da incorporação de outras experiências, corremos também o risco de perder a nossa identidade. Sim, os nossos dias são dias de muito trabalho, mas valem a pena. Quando olhamos para as pessoas de quem cuidamos, quando reconhecemos no outro uma pessoa como nós, temos a certeza que desistir não é uma opção.
O Abrigo foi convidado a partilhar a sua experiência como Unidade Humanitude na Escola de Verão “Envelhecimento Ativo e Humanitude”, iniciativa acolhida no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e promovida em articulação com o Instituto Gineste-Marescotti Portugal. Para apresentar a nossa experiência fizemos um bom exercício de melhoria contínua: refletimos sobre a prática e sistematizamos e organizamos o conhecimento.
Começamos por caracterizar o Porto de Abrigo antes de ser Unidade Humanitude e apresentamos os momentos marcantes do nosso percurso, desde a formação teórico-prática ao reconhecimento formal como Unidade Humanitude. Demos a conhecer a metodologia de trabalho que elaboramos e adotamos: redefinimos os procedimentos de trabalho, redesenhamos processos e revimos o nosso sistema de gestão documental. Partilhamos estratégias de resolução de problemas e dificuldades, caracterizamos a organização atual do Porto de Abrigo e, principalmente, partilhamos os pilares que definem a nossa atuação no dia a dia e caracterizam a nossa forma de estar e viver.
Acreditamos ter contribuído, através da apresentação da nossa experiência e exemplo, para a disseminação da diferença de cuidar em Humanitude. Foi um orgulho dar a conhecer a nossa casa e o nosso trabalho. E, foi também um prazer, levar a pronúncia do Norte a passear à capital.
No âmbito da disciplina de Avaliação da Qualidade de Residências e Serviços Sociais para Idosos do mestrado em Gerontologia Social, o Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP) organizou o seminário Filosofia Humanitude - estudo de caso.
Cinco anos após o início do funcionamento do Porto de Abrigo, é um orgulho sermos convidados para partilhar a nossa experiência como Unidade Humanitude. Ter a possibilidade de contar a nossa história, as nossas conquistas e falar sobre as nossas práticas em contexto académico é semear nos profissionais de amanhã o desafio de cuidar em ternura.
Esperamos ter contribuido para inspirar os dias de quem vê beleza no cuidar.
O nosso coração ficou cheio com o entusiasmo do auditório!
O Núcleo de Médicos Internos da USF Famílias organizou as primeiras Jornadas Médicas do Idoso de Santa Maria da Feira com o intuito de despertar o interesse dos profissionais de saúde na temática do envelhecimento ativo e saudável. Foi com orgulho e satisfação que aceitamos o convite para partilhar a nossa experiência nas Jornadas, nomeadamente no âmbito do serviço de apoio domiciliário do Abrigo.
Após 17 anos de experiência, neste momento, falar sobre o serviço de apoio domiciliário do Abrigo é falar sobre a necessidade de transformação, mudança e reorganização. Por respeito às pessoas de quem cuidamos, por lealdade à missão e ao papel que o Abrigo desempenha na comunidade e, principalmente, face à importância dos serviços que prestamos às famílias, hoje, sabemos que temos de fazer diferente para obter resultados diferentes. Temos de chegar mais longe na nossa capacidade de resposta. Não estamos a cuidar como gostaríamos de ser cuidados quando a relação de ajuda para com quem precisa deixa de acontecer justificada com base na falta de tempo, escassez de recursos e muito trabalho. Sim... é verdade... a partilha da nossa experiência foi um exercício de confissão pública da necessidade de mudança e reinvenção. Há muito trabalho para fazer. Tenhamos a coragem de não desistir. Tenhamos a coragem de fazer diferente.
O Abrigo foi convidado para participar na II Conferência Internacional Cuidar com Humanitude, que se realizou na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Em Coimbra, tivemos oportunidade de apresentar a forma como o trabalho de um profissional de enfermagem se estrutura numa Unidade Humanitude. Mas, mais do que uma mera descrição de funções e tarefas, refletimos sobre o que é necessário para que este profissional contribua para a melhoria contínua dos cuidados em Humanitude.
Acreditamos ter sido um bom momento de partilha de experiências e pontos de vista. O aspeto positivo de partilhar o que sabemos e aprendemos, é aumentar a probabilidade de aprendizagem com a perceção que os outros têm de nós. Além da nossa participação enquanto oradores, tivemos mais uma vez, o privilégio de ouvir os autores da filosofia Humanitude e do Método de Cuidados Gineste-Marescotti: Yves Gineste e Rosette Marescotti. Como sempre: inspirador!
O papel das instituições no bem-estar das pessoas idosas e a importância da felicidade foram os painéis de discussão do II Congresso do Envelhecimento “Bem Viver, Bem Envelhecer” que decorreu em Oliveira de Azeméis, organizado por Joana Ferreira - Consultoria em Gestão de Lares em parceria com a Câmara Municipal de Oliviera de Azeméis.
Foi com orgulho e satisfação que aceitamos o convite para partilhar a nossa experiência, no âmbito do trabalho desenvolvido na estrutura residencial para pessoas idosas, nomeadamente o que fazemos para acolher quem para a nossa casa vem viver. Sob o tema "Mudar de casa é mudar de vida?" partilhamos uma reflexão sobre o que significa mudar de casa quando a nova casa é um lar de idosos. A nossa reflexão incidiu sobre o que fazemos diariamente para que o Porto de Abrigo seja sentido como uma casa pelas pessoas que nela vivem. Sabemos que tem dias... há dias em que a casa das pessoas está longe, muito longe e nós sentimos isso… Mas, também há dias em que temos a profunda convicção de que as pessoas estão em casa no Porto de Abrigo.
Porque casa é onde está o nosso coração.
Com o objetivo de promover a apresentação de trabalhos de investigação científica, de projetos de intervenção e a partilha de experiências entre os diversos profissionais e organizações, a Escola Superior de Educação do Porto organizou o 1.º Seminário de Investigação, Inovação e Intervenção em Gerontologia. Neste dia, Dia Mundial da Justica Social, falar sobre práticas de cuidar que respeitam a dignidade da pessoa idosa foi uma responsabilidade maior. Foi com muito orgulho que partilhamos a nossa experiência como Unidade Humanitude no Porto de Abrigo.
É importante continuar a insistir, não perder o ânimo. É importante demonstrar que é possível prestar cuidados a pessoas idosas, em contexto de estrutura residencial, de forma digna. É possível viver num lar de idosos e viver num lugar de vida. É possível prestar cuidados diferenciadores: os cuidados que queremos receber um dia são os cuidados que temos o dever de prestar hoje às pessoas de quem cuidamos.
É com enorme orgulho que O Abrigo formalizou um protocolo inovador com a cooperativa que representa a Humanitude em Portugal, a Via Hominis Crl. Foi-nos confiada a tarefa de demonstrar na prática a viabilidade da implementação da humanitude na prestação de cuidados em estruturas residenciais para pessoas idosas.
Mergulho é o nome que adotamos para esta experiência inovadora. O mergulho baseia-se no método de formação conhecido por “imersão” e tem a duração de dois dias. As instituições que já fizeram a formação em Humanitude com a equipa da Via Hominis têm a oportunidade de conhecer em detalhe como o Abrigo implementou a filosofia Humanitude desde o sistema de gestão da qualidade à cultura organizacional. Mas, mais do que conhecer têm ainda a oportunidade de observar as práticas de cuidados e de as experienciar.
O primeiro mergulho foi dado pela Casa do Jardim, que veio de Coimbra com muita vontade de mergulhar. Para nós, Abrigo, estes dois dias foram uma experiência marcante. Este mergulho tem o encanto de ser o primeiro e, por isso mesmo, será sempre especial. Mesmo sem conhecer as pessoas que iríamos receber, sabíamos à partida que existia um laço, bem apertado, de ligação: o cuidar em Humanitude. Durante dois dias, a Casa do Jardim, esteve no Abrigo para sentir a prática porque mergulhar é mais do que visitar: é ter tempo para encontrar respostas às perguntas.
Quantos de nós não quereriam ter uma experiência destas quando ouvimos falar em metodologias de trabalho que implicam grandes mudanças organizacionais? Entrar, ouvir, perguntar, ver, sentir, perceber? É isso mesmo que o Abrigo e a Via Hominis proporcionam através do mergulho. Do Abrigo para o mundo.
A Humanitude é transformadora na forma como olhamos para o outro, para o nosso trabalho e para nós próprios.
Quando a formação termina temos uma certeza: é impossível continuar a fazer como fazíamos. E fazer diferente torna-se uma urgência. Sabemos por experiência própria que esta certeza gera angústia e desorientação porque não sabemos por onde começar.
No Abrigo, o percurso que efetuamos foi assente na melhoria continua, na construção de instrumentos e na monitorização do nosso desempenho.
Para quem ainda está a começar, e depois da formação inicial, o mergulho em Unidade Humanitude no Abrigo permite conhecer os princípios da filosofia incorporados na organização e funcionamento, permite a observação das práticas e o conhecimento dos instrumentos de trabalho que foram construídos para dar corpo à prestação de cuidados em Humanitude.
Queremos agradecer à Santa Casa da Misericórdia da Trofa por acreditar que conhecer a experiência do Abrigo poderia ser uma oportunidade de aprendizagem. Esperamos que os dias de trabalho em conjunto tenham sido inspiradores e úteis para a construção do vosso caminho em Humanitude.
Implementar a filosofia Humanitude e adotar a metodologia e prestação de cuidados Gineste-Marescotti na prática diária de cuidados, na organização e funcionamento da casa e na criação de instrumentos de trabalho, não é fácil. É normal sentir que a tarefa é grande de mais e que não se sabe por onde começar.
A realização de dois dias de formação imersiva no Abrigo, que designamos por Mergulho, surge da constatação desta dificuldade e pretende possibilitar às instituições que já fizeram a formação em Humanitude, conhecer em detalhe, observar a prática e vivênciar o funcionamento do Porto de Abrigo - Unidade Humanitude.
Foi neste âmbito que recebemos a Primavida, uma residência sénior da freguesia de Amor em Leiria, para a realização de um Mergulho.
Receber uma outra organização que, tal como nós, presta cuidados a pessoas idosas, e que nos procura para connosco aprender é uma responsabilidade muito grande. Queremos corresponder às expectativas. Queremos proporcionar um momento de aprendizagem significativo. Demonstrar o que fazemos no dia a dia não é fácil. Obriga-nos a distanciarmo-nos do que nos é familiar, do que para nós se torna tão evidente. Só a sistematização da nossa prática e da informação que produzimos nos permite partilhar com objetividade e ajudar a construir conhecimento.
A realização da formação imersiva "Mergulho em Unidade Humanitude" é o contributo do Abrigo para a disseminação dos cuidados em Humanitude. É o nosso contributo para mudar, mesmo que devagarinho, o mundo da prestação de cuidados a pessoas idosas.
O seminário "Os lares do futuro e o futuro dos lares" foi organizado pela União Concelhia de IPSS de Águeda e pelo Projeto Ganhar Sorrisos, com o apoio da Câmara Municipal de Águeda. Foi com satisfação que aceitamos o convite para dar o nosso testemunho enquanto Unidade Humanidade. É sempre um orgulho partilhar a experiência do Porto de Abrigo.
Quando começou a obra do Porto de Abrigo, começou também a construção da organização e funcionamento da casa. Sabíamos bem o que queríamos. Dia após dia, fomos conseguindo construir uma boa casa para viver. Com a Humanitude, o nosso lar transformou-se num lugar de vida e isto é muito importante. Cuidar em Humanitude é para nós, Abrigo, a resposta que encontramos para a responsabilidade que temos de prestar os cuidados que um dia gostaríamos de receber: cuidados em ternura. Consegui-lo é extremamente exigente. Mas possível.
Viver uma revolução é passar por uma experiência transformadora. Tanto mais quando a partilhamos. Ontem foi um desses dias. O Porto de Abrigo acolheu o encontro de técnicos de psicologia, que regularmente reúne para promover a articulação entre as diversas instituições do concelho através do contato com projetos e da discussão de temáticas em diversas áreas.
A organização deste encontro esteve a cargo do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social do Abrigo e a escolha do tema a abordar surgiu de modo natural - a experiência Humanitude no Abrigo. Em tempos de exigência e trabalho intenso, as dificuldades sentidas são comuns com outras instituições e importa encontrar continuamente inspiração que renove a motivação para continuar a fazer o que diariamente fazemos: cuidar de pessoas e apoiar as suas famílias.
E se havia inspiração em casa…
Sim, estivemos à conversa sobre a Humanitude. Porquê?
Porque encontramos nesta filosofia de prestação de cuidados a pessoas, pontes comuns com a psicologia.
É certo que reunimos profissionais que atuam em contextos diversificados, mas com o objetivo comum de promover o bem-estar. E não há mensagem impossível de entender quando se utiliza uma linguagem comum: pequenos detalhes fazem a diferença e têm um impacto muito positivo, não só em quem é cuidado, mas em quem cuida…ainda deve estar por surgir melhor instrumento de trabalho do que a relação de confiança que se pode estabelecer com alguém.
Obrigada pela visita*. Foi com muito gosto que partilhamos a experiência desta revolução. Esperamos que se tenham sentido bem na nossa casa.
*
Zélia Malta - Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga
Ana Paula Sousa - Unidade de Saúde de Santa Maria da Feira
Mónica Dias - Associação de Alcoólicos Recuperados e Centro Social de Lourosa
Liliana Ferreira - Associação de Bem-Estar de Santa Maria de Lamas
Catarina Pereira e Ana Carla Garcia - CerciLamas
Isabelle de Almeida - Centro Social de São Tiago de Lobão
Sara Bastos - Rosto Solidário e Associação Pelo Prazer de Viver
O dia 27 de maio foi um dia extremamente importante para o Porto de Abrigo.
Recebemos uma equipa de auditores do IGM Portugal que vieram aferir a conformidade do nosso trabalho com o referencial Humanitude. O João Araújo e a Amélia Martins já são nossos conhecidos mas, a Liliana Henriques veio ao Abrigo pela primeira vez.
Além da avaliação da prestação de cuidados com a grelha de captura sensorial, foram avaliadas dimensões relacionadas com:
- a vida da casa,
- procedimentos de trabalho,
- ocupação do tempo,
- cuidados de alimentação,
- registos e
- dinâmica de funcionamento.
Foi em 2014 que realizamos a primeira formação da equipa de trabalho na filosofia Humanitude e na metodologia de cuidados Gineste-Marescotti. Podia ter sido só mais uma formação sobre prestação de cuidados mas, revolucionou a nossa forma de trabalhar. Hoje, a adesão aos cuidados é de 99% e isto quer dizer que temos 1% de agitação e recusa nos cuidados. Esta metodologia que adotamos transformou a casa que somos e que queremos ser.
Passados quase dez anos, é um privilégio poder dizer que O Porto de Abrigo foi o primeiro lar de idosos em Portugal a receber a auditoria ao referencial Humanitude.
Foram identificadas oportunidades de melhoria, principalmente no sistema documental de registo e monitorização de resultados.
No entanto, a prática de cuidados que foi observada superou qualquer expectativa.
Foi referida com emoção a graciosidade da equipa na prestação de cuidados. Os gestos das cuidadoras parecem fáceis e espontâneos mas, revelam treino e profissionalização: são delicados, precisos e eficazes.
Foi enaltecida a "dociabilidade ambiental" da nossa casa: o som, o cheiro, os espaços e o ambiente são harmoniosos, agradáveis e estimulam sensorialmente de uma forma positiva as pessoas que vivem e trabalham nesta casa.
Foram destacados os nossos procedimentos de trabalho que garantem que a casa é organizada sem haver sobreposição das tarefas às necessidades e bem estar de quem cuidamos.
Vamos ter de aguardar pela receção do relatório e avaliação do mesmo pelos autores franceses da Humanitude.
Na reunião de encerramento da auditoria ficou claro que o Porto de Abrigo conseguiu demonstrar a conformidade do trabalho com os critérios do referencial Humanitude.
E este é um motivo de orgulho e reflexo de muito trabalho.
Às vezes é preciso mudar. Foi com esta convicção que abraçámos a ideia de nos reinventarmos depois de 17 anos de quilómetros percorridos pelas ruas e casas de São João de Ver. Não foi um exercício simples. Ainda não é, mas um ano depois, os resultados confirmam aquilo em que sempre acreditámos: é possível fazer diferente e vale a pena fazer melhor!
O final de 2016 vai ficar guardado na memória do Abrigo porque vimos o serviço de apoio domiciliário reconhecido pelo Instituto Gineste-Marescotti Portugal como uma Unidade Humanitude. E porque esse momento feliz foi partilhado pela equipa de cuidadoras com parte daqueles que diariamente nos recebem em suas casas. No dia 10 de Dezembro convidámos as pessoas a conhecerem a nossa casa maior para juntos celebrarmos esta conquista. Diariamente sentimos de modo muito imediato o impacto da nossa presença junto das pessoas de quem cuidamos, mas ouvir de viva voz essa experiência tornou este dia ainda mais especial.
É com orgulho que agradecemos a confiança dos que nos escolhem para os ajudar a viver bem, apesar de tudo, no conforto do seu lar. Para o futuro, esperamos recebê-los mais vezes. E renovamos o compromisso de continuar a revolução e cuidar como gostaríamos que cuidassem de nós, cuidar com o coração.
Foi com enorme prazer e orgulho que integramos um momento formativo do workshop "Metodologia de cuidados em Humanitude - conceitos e ferramentas de cuidar pacificadoras das pessoas com comportamentos de agitação" organizado pela Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra e pela cooperativa Via Hominis.
Tivemos o privilégio de receber na nossa casa pessoas simpáticas, disponíveis e recetivas para pensar o cuidar em Humanitude. Partilhamos a nossa filosofia de trabalho, o que é cuidar em humanitude todos os dias e o que faz do Porto de Abrigo um lugar de vida. Porque a palavra e a experiência de quem cuida é muito importante, tivemos a oportunidade de ouvir alguns testemunhos da equipa de trabalho do Abrigo. Conseguimos perceber que o impacto que a humanitude tem nos cuidadores ultrapassa a esfera profissional, há também "um antes e um depois da Humanitude" em termos pessoais.
O nosso agradecimento à organização do workshop por nos ter escolhido como um exemplo de boa prática na implementação da filosofia Humanitude em Portugal. Não podemos deixar passar a oportunidade de registar aqui a boa surpresa que nos foi proporcionada. Este dia será recordado na nossa história como o dia em que recebemos a professora Nídia Salgueiro no Porto de Abrigo. Uma honra. Um dia especial.
O VIII Seminário de Gerontologia Social foi organizado pela Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração da Universidade Lusófona.
Foi com orgulho e satisfação que aceitamos o convite para partilhar a nossa experiência, no âmbito do trabalho desenvolvido na estrutura residencial para pessoas idosas, nomeadamente as evidências da implementação da filosofia Humanitude no nosso dia a dia.
Partilhamos uma reflexão sobre os nossos sonhos, as nossas dificuldades e o que sabemos hoje ser necessário para sermos "super heróis" dos cuidados, todos os dias, sem exceção. A filosofia Humanitude transformou radicalmente o nosso processo de tomada de decisão e o nosso comportamento na relação com as pessoas. Hoje sabemos que é necessário muito trabalho e treino para profissionalizar o cuidar. "Porque nós não queremos fazer grandes coisas, queremos pequenas coisas feitas com muito amor."