SAD despapelado
Quando paramos para o ouvir percebemos que era evidente a necessidade de mudança.Tudo começou com um sentimento de angústia que não queria calar. E então começamos a mudar. Podiam ser mais ou menos assim resumidos os últimos meses no Serviço de Apoio Domiciliário do Abrigo, uma verdadeira odisseia que trouxe várias revoluções…a adesão às tecnologias foi a que mais recentemente completámos. E até ver, está a correr muito bem. Quem diria?
Pode parecer estranho à primeira vista. De início também levantámos o sobrolho em jeito de desconfiança porque a leveza de largar papel e caneta é daquelas “modernices” que não contagia a todos. Então se estivermos a falar de cuidar de pessoas idosas, nas suas casas, pode até aparentar não fazer sentido algum. Mas faz. Muito sentido e toda a diferença. Pouco a pouco o sobrolho levantado foi dando lugar à testa franzida, assim em modo “deixa lá ver como é que isto funciona”. O que aconteceu depois foram só as descobertas de um maravilhoso mundo novo: contactos, informações, dados, registos, fotografias! Tudo a circular diariamente pelas ruas e pelas casas das pessoas de quem cuidamos. Tudo disponível em tempo real, que é o tempo em que a vida deve ser vivida.
Portanto, não há nada de errado. Em vez de papel, usamos os tablets como instrumentos de trabalho, todos os dias. Discretamente cumprem um papel importante em tudo o que fazemos. Com a sua ajuda, estamos a reunir dados importantes sobre a intervenção que desenvolvemos, enquanto poupamos tempo no momento de parar para os analisar.
Tempo para as pessoas.
Se mais não fosse, só por isso já tinha valido a pena.