Comida e dignidade - porquê este projeto?
Quando uma pessoa que depende dos nossos cuidados recusa a alimentação acontece um de dois cenários possíveis: o cuidador aceita a recusa ou o cuidador ignora a recusa. Ambas as opções são más para todos os envolvidos.
O impacto da recusa da alimentação no cuidador é enorme: se insistir facilmente ultrapassa a linha dos cuidados em força, se ignorar facilmente ultrapassa a linha da negligência.
O impacto na pessoa que recebe o cuidado também é grande: se não lhe for proporcionada a alimentação adequada rapidamente perde saúde, se o forçarem na alimentação maior será o seu desconforto e mal-estar.
Apesar das nossas melhores intenções, nem sempre conseguimos impedir o impacto negativo das nossas práticas. Torna-se mais simples implementar medidas que garantam que a alimentação acontece sempre e da forma o mais segura possível. Entram em ação os robots de cozinha que trituram todos os componentes da refeição em variações líquidas ou cremosas, mas sempre com a aparência de uma papa como ilustra a imagem. Retiramos o aspeto de comida à comida.
O projeto Comida e dignidade - uma prática institucional de alimentação assistida nasce desta inquietação e da consciência da responsabilidade organizacional que temos quando ajudamos a cuidar de pessoas dependentes.