Envelhecimento ativo e humanitude

 

O Abrigo foi convidado a partilhar a sua experiência como Unidade Humanitude na Escola de Verão “Envelhecimento Ativo e Humanitude”, iniciativa acolhida no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e promovida em articulação com o Instituto Gineste-Marescotti Portugal. Para apresentar a nossa experiência fizemos um bom exercício de melhoria contínua: refletimos sobre a prática e sistematizamos e organizamos o conhecimento.

Começamos por caracterizar o Porto de Abrigo antes de ser Unidade Humanitude e apresentamos os momentos marcantes do nosso percurso, desde a formação teórico-prática ao reconhecimento formal como Unidade Humanitude. Demos a conhecer a metodologia de trabalho que elaboramos e adotamos: redefinimos os procedimentos de trabalho, redesenhamos processos e revimos o nosso sistema de gestão documental. Partilhamos estratégias de resolução de problemas e dificuldades, caracterizamos a organização atual do Porto de Abrigo e, principalmente, partilhamos os pilares que definem a nossa atuação no dia a dia e caracterizam a nossa forma de estar e viver.

Acreditamos ter contribuído, através da apresentação da nossa experiência e exemplo, para a disseminação da diferença de cuidar em Humanitude. Foi um orgulho dar a conhecer a nossa casa e o nosso trabalho. E, foi também um prazer, levar a pronúncia do Norte a passear à capital.

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partilha de boas práticas

Viver uma revolução é passar por uma experiência transformadora. Tanto mais quando a partilhamos. Ontem foi um desses dias. O Porto de Abrigo acolheu o encontro de técnicos de psicologia, que regularmente reúne para promover a articulação entre as diversas instituições do concelho através do contato com projetos e da discussão de temáticas em diversas áreas. 

A organização deste encontro esteve a cargo do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social do Abrigo e a escolha do tema a abordar surgiu de modo natural - a experiência Humanitude no Abrigo. Em tempos de exigência e trabalho intenso, as dificuldades sentidas são comuns com outras instituições e importa encontrar continuamente inspiração que renove a motivação para continuar a fazer o que diariamente fazemos: cuidar de pessoas e apoiar as suas famílias.

E se havia inspiração em casa… 

Sim, estivemos à conversa sobre a Humanitude. Porquê?

Porque encontramos nesta filosofia de prestação de cuidados a pessoas, pontes comuns com a psicologia.  

É certo que reunimos profissionais que atuam em contextos diversificados, mas com o objetivo comum de promover o bem-estar. E não há mensagem impossível de entender quando se utiliza uma linguagem comum: pequenos detalhes fazem a diferença e têm um impacto muito positivo, não só em quem é cuidado, mas em quem cuida…ainda deve estar por surgir melhor instrumento de trabalho do que a relação de confiança que se pode estabelecer com alguém. 

Obrigada pela visita*. Foi com muito gosto que partilhamos a experiência desta revolução. Esperamos que se tenham sentido bem na nossa casa. 

*

Zélia Malta - Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga

Ana Paula Sousa - Unidade de Saúde de Santa Maria da Feira

Mónica Dias - Associação de Alcoólicos Recuperados e Centro Social de Lourosa

Liliana Ferreira - Associação de Bem-Estar de Santa Maria de Lamas

Catarina Pereira e Ana Carla Garcia - CerciLamas

Isabelle de Almeida - Centro Social de São Tiago de Lobão

Sara Bastos - Rosto Solidário e Associação Pelo Prazer de Viver

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em humanitude

 

Desde o início de 2014 estamos a viver uma revolução na forma como trabalhamos no Porto de Abrigo. Uma revolução que começou devagarinho e que na passada sexta-feira, 16 de Maio, foi apresentada publicamente. 

A nossa revolução é tão simples, e tão difícil ao mesmo tempo, que traduzi-la em palavras é uma tarefa complicada.

Comecemos pelo óbvio: no Abrigo cuidamos de pessoas. E quem cuida de pessoas são pessoas.

Nada de extraordinário, certo? No entanto, sabemos pouco. Num sistema que promove a dependência e que herdou as práticas ancestrais de prestação de cuidados do século XIX e XX, num sistema que tem disponíveis todos os recursos do século XXI. Na verdade, ainda estamos a aprender como é que se cuida de pessoas idosas. Mas, porque são a nossa realidade, cuidamos todos os dias. De alma e coração. 

Sabíamos que alma e coração não são suficientes para fazer bem... sentíamos inquietude... e fomos à procura. No início do ano encontrámos a filosofia de prestação de cuidados em Humanitude. E não tivemos dúvidas! A inquietude deu lugar a uma forte convicção. Este era o caminho: uma filosofia associada a uma metodologia revolucionária. Principalmente porque nasceu da prática. Da experiência. Da tentativa erro. Com resultados impressionantes na felicidade de quem cuida e com resultados espantosos no bem estar das pessoas cuidadas. A Humanitude.

Estamos a percorrer um caminho árduo. Cuidar de uma pessoa idosa é mais do que assegurar os seus cuidados de higiene, alimentar e dar medicação. Cuidar é ajudar. Estamos a aprender a tocar, a falar, a olhar e a manter as pessoas de pé. As palavras são tão simples e, por incrível que possa parecer, transformar o simples em realidade vivida diariamente é extremamente exigente... 

O nosso desejo é fazer do Porto de Abrigo uma Unidade Humanitude. Quando esse dia chegar faremos uma festa. Mas, esse dia não será o fim. Será só mais uma etapa. Uma etapa do compromisso que assumimos: Dignificar a pessoa. Dignificar a vida. Prestar cuidados Humanitude.

Mais notícias em breve!

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