mudar é preciso
Quando foi a última vez que fez algo pela primeira vez?
Em tempo de tradições a sabedoria popular dá a inspiração para falar de mudança. Mudar é preciso, sempre.
«A vida é feita de constância!», dirão. Nada a opor quanto ao facto de andarmos em busca daquela base de segurança que sabe sempre bem. Ainda assim, para crescer, evoluir, chegar mais longe e mais perto de quem podemos ser, não basta. Mudar é preciso. Quando pensamos em mudança, resistir é um lugar-comum. Somos, de facto, seres de hábitos. Mas alguns de nós, estranhos seres, fazem da mudança o seu hábito constante. E primeiro estranha-se. Depois entranha-se.
De cada vez que experimentamos algo novo, uma sensação de desconforto faz-nos despertar das nossas respostas em modo piloto automático. Só que para lá de um friozinho na barriga e de uma quanta incerteza quanto ao que se possa passar, geralmente o resultado é emocionante. A experiência do experimentar é o que dá vida ao hábito de mudar. E traz mais sabor à vida: alimenta-nos o pensamento, tolda-nos a imaginação, agita-nos o corpo. Na verdade, menos importa aquilo que escolhemos tentar ou sequer se vamos querer repetir. O fundamental é ir, num exercício constante de descobrir e explorar.
Tem uma lista de coisas que gostaria de fazer ao longo da vida? Não a perca de vista, mais tarde. Para já, disponha-se a aceitar o que vier. Experimente o novo a cada dia e faça da mudança um estilo de vida: um caminho novo para casa no regresso do trabalho, uma receita diferente para o jantar, uma visita a um sítio que nunca lhe chamou à atenção, um livro de um tema que não domina, os sons de uma música que não costuma ouvir, conversas com pessoas com quem nunca pensou falar…procure preencher a rotina com uma novidade, aqui e ali.
Não esqueça que a quem muda, Deus ajuda. E verá que quando envelhecer terá muitas e boas histórias para contar!
Marta Faria